quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Adeus aos guetos

Por mais que ainda haja resistência em alguns setores da universidade brasileira, e na Universidade Federal do Amazonas (Ufam) não poderia ser diferente, o fim da estrutura departamental parece ser uma tendência. E não por uma questão administrativa, mas, principalmente, por uma necessidade pedagógica, portanto, de formação. Quando o mundo do trabalho exigia profissionais extremamente especializados, a estrutura departamental se sustentava. O mundo mudou, o do trabalho também: o perfil profissional exigido hoje é outro. Quer queira, quer não; a universidade brasileira, depois de muitos anos, terá de se curvar ao modelo proposto por Anysio Teixeira para a Universidade de Brasília (Unb): a entrada por amplas áreas do conhecimento, uma formação humanística para todos e, por fim, a escolha da carreira. Certamente, em algumas, a estrutura disciplinar ainda se sustenta por algum tempo. Ainda assim, será impossível deixar de discutir o processo de formação de um profissional não-apenas técnico, mas, humanístico, tecnológico e informacional (dentre essas habilidades, a de, pelo menos duas línguas estrangeiras). O mundo da vida é bem maior que o da universidade e essa não enquadra aquela. Reflitamos!


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