sábado, 19 de junho de 2010

Maluquice institucinalizada

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) institucionalizou, com o apoio de todas as áreas do conhecimento, algo que, na prática, configura-se como uma verdadeira maluquice: a avaliação e classificação de livros e artigos publicados em livros. O órgão, oficialmente não admite que se fale em “Qualis livros”. Prefere o eufemismo “roteiro para a classificação de livros”. Na prática, tenta-se implantar no País um Qualis para livros, o que não existe em nenhum lugar do mundo. O processo, que no papel parecia exeqüível, transformou-se em um inferno para os programas de Pós-graduação do País, que são obrigados e enviar para um endereço pré-determinado, um exemplar de cada livro escrito por seus professores ou discentes. O exemplar é acompanhado de uma ficha para cada obra ou artigo. Tenho até pena da Comissão encarregada de ler as obras. Será que essa Comissão de heróis irá mesmo ler todos os exemplares a ela enviados? Dependendo da área, vão passar o resto da vida a ler obras. E o resultado dessa qualificação será aceito? A maluquice institucionalizada vai acabar deixando as pressões e reclamações todas em cima da Comissão. É meio difícil o sistema vingar na forma que foi criado.

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