sexta-feira, 5 de março de 2010

Revolução pedagógica


É mister que haja uma verdadeira revolução pedagógica na Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e, certamente, em grande parte das universidades brasileiras. Se não, vejamos: o perfil do estudante que ingressa hoje na educação superior brasileiro é completamente diverso do perfil de (poucos) anos anteriores. Há cada vez mais jovens entre 15 e 16 anos e, não duvidem, nós, professores, não estamos preparados para lidar pedagogicamente com eles. Alguns de nós temos dificuldades até com os filhos adolescentes, o que se dizer, então, de estudantes com o mesmo tipo de comportamento confrontador? Transpor as velhas fichas desbotadas para apresentações em Power Point projetadas em Data Shows de altíssima definição não torna a aula moderna. Os próprios processos administrativos devem ser discutidos e implantados mas, levando-se em conta uma nova visão pedagógica. A Ufam, cuja reitora, professora Márcia Perales, decretou sabiamente 2010 como o ano da Estatuinte, não pode deixar de levar em conta, nas discussões para a mudança do Estatuto, que o processo de aprendizagem deve ser o norteador e que o modelo administrativo a ser implantado deve refletir o novo olhar pedagógico (se isso for mesmo existir). Caso contrário, as mudanças serão apenas como perfumes: cheiram bem, parecem novidade, mas, depois transformam-se em folhas ao vento.

Visite também o novo Blog do professor Gilson Monteiro.

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