sábado, 31 de outubro de 2009

Greve na Ufam de Benjamin Constant


Fontes de Benjamin Constant creditam a greve dos estudantes da unidade local da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) a uma discussão com a diretora, professora Valdete da Luz Carneiro. A professora teria reagido a uma reivindicação dos estudantes dizendo que “não estaria nem aí para a infelicidade deles”. A frase teria radicalizado o movimento que pede a saída dela da unidade. O vice-reitor, Hedilnado Narciso, vai a Benjamin Constant terça-feira, dia 3, tentar solucionar o problema. Vale lembrar que a permanência da professora Valdete Carneiro como diretora da unidade de Benjamin Constant só pode ser uma birra porque o clima lá, mesmo antes das eleições para a reitoria da Ufam, era insustentável. Sem contar que o acesso a Internet (como em quase todo o interior do Amazonas) é de péssima qualidade; o novo prédio, que devia ser entregue em agosto de 2008, ainda não foi concluído até hoje e continua a perseguição aos professores. É hora de nós todos, professores, técnicos e estudantes da Ufam inteira tomarmos uma atitude corajosa e nos solidarizarmos com a comunidade de Benjamin Constant e também exigirmos eleições para a escolha dos diretores das unidades do interior. É o mínimo que se espera de uma comunidade politizada, que escolhe seu reitor e deixa à míngua seus colegas do interior. Faço o desafio ao DCE, à Assua e à Adua: ELEIÇÕES JÁ para todas as unidades da Ufam.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Diretrizes de jornalismo


Um dos pontos mais polêmicos da pauta de reunião do Conselho da Associação Nacional dos Programas de Pós-graduação em Ciências da Comunicação (Compós) foram as novas diretrizes curriculares para o Jornalismo. A maioria absoluta dos conselheiros entendeu que a Compós deve se manifestar sim sobre as diretrizes em função de propostas que interferem na Pós-graduação da área de Comunicação. Uma delas, por exemplo, recomenda que sejam criados Programas de Pós especificamente em Jornalismo, algo que está na contramão do próprio mercado, pois esse exige profissionais cada vez mais “generalistas”. Urge que os cursos de Comunicação Social de todo o País estudem detalhadamente essa proposta de novas diretrizes. O discurso de que, com ela, o Jornalismo resgata sua identidade é silogístico. Todo cuidado é pouco com discursos ditos futuristas mas que, no fundo, são um retorno aos anos 70.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Vontade de chorar

Quem via o Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL) da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) emt empos idos e não muito longíquos, como eu, sente uma tristeza imensa. Deu até vontade de chorar. O quadro era aterrador. Ontem, na abertura da exposição de 30 anos da Associação dos Docentes da Ufam (Adua secção sindical), no Hall do ICHL, mesmo com a presença do talentosíssimo Nicolhas Jr., a plateia não completava três filas de cadeiras. Não é possível que o espírito de participação e luta, essência a universidade, tenha morrido definitivamente. Recuso-me a acreditar. E que me chamem de doido ou coisa que o valha. Mas não aceito uma universidade burocrática, sem a centelha da utopia e da força política. Uma universidade apática desconhece a si. É inócua para a sociedade e desmancha-se na própria inércia. Não é essa a universidade que sonhei administrar. Quero uma universidade que pulse, politizada e que não tenha vergonha de assumir suas contradições. Essa é a minha utopia e por ela lutarei enquanto tiver vida. O ICHL precisa voltar a pulsar, pois, só assim, retomaremos o espírito de embate teórico e político na Ufam.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Ufamnismos dos administradores


No blog “
meu jeito de ser”, a professora Luara Jane chama a atenção para as péssimas condições de atendimento da Biblioteca da Universidade Federal do Amazonas (Ufam). Ela diz, também, “...Daí porque gasto o que não tenho na aquisição de livros a cada semestre letivo ou esporadicamente quando a necessidade é mais premente...”. Professora Laura Jane, a senhora não é a única a gastar o que tem e o que não tem. A grande maioria dos professores gasta sempre para comprar boas e atualizadas obras. Seria interessante lembrar, principalmente ao grupo que está no poder na Ufam, que os números do Exame Nacional dos Estudantes (Enade) não podem ser atribuídos a ações da administração superior. São, em grande parte, resultado do esforço dos professores e dos estudantes. Sem escrúpulos, porém, reitores e seus candidatos usam esses números como se a Ufam fosse um paraíso de cursos bons ótimos. Não somos os piores, evidentemente, mas nossas vitórias são resultado do esforço dos professores que metem a mão no bolso e oferecem em cópias xerografadas material atualizado aos seus estudantes. Fossem depender do investimento em acervo das bibliotecas, os resultados seriam outros.

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terça-feira, 27 de outubro de 2009

Recuperação das universidades?


Ao que parece, há “vontade política”do Governo Federal em recupera as universidades públicas brasileiras. A Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 746/07 que garante a abertura de 2,8 mil vagas de professores, 5 de técnico-administrativos, mais 180 vagas de direção e 420 funções gratificadas. Há 43 universidades e, com a aprovação do Projeto, o Governo pretende criar mais 49 universidades o que já indica uma posição: a questão não é recuperar as existentes, mas abrir novas. Há um problema grave, as verbas de manutenção; logo, abrir novas universidades, criar cargos mas não tratar da manutenção, pode significar expansão, porém, certamente, não garante a elevação do nível de qualidade dos serviços educacionais prestados à população. Faz-se necessário recuperar a capacidade de trabalho das universidades atuais com a contratação de novos professores e técnicos. Caso contrário, permanecerá a lógica da expansão sobre a da manutenção.

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segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Ponto facultativo


Para quem pensava que nos dias de ponto facultativo não aparece ninguém na Universidade Federal do Amazonas (Ufam) enganou-se. Nas várias unidades havia pessoas trabalhando normalmente. Talvez não seja apenas o simples fato de gostar de trabalhar (e há muitos que o fazem por gostar mesmo), mas a urgência de certos trabalhos que dependem do cumprimento de prazos. Aliás, para evitar esse tipo de problema, o Ministério do Planejamento deveria editar uma regra permanente para os feriados desse tipo. Agora, por exemplo, seria muito mais produtivo adiar o “ponto facultativo” para o dia 30. Assim, os trabalhadores uniriam o feriado do dia 28 ao feriado do dia 02 de novembro.

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domingo, 25 de outubro de 2009

Discussão acalorada


Pega fogo pelo Brasil inteiro a discussão em torno da nova nomenclatura dos cursos na área de Comunicação Social. A questão não é meramente burocrática. Trata-se, no fundo, de uma guerra de egos dos figurões da Comunicação no País. O antes genérico curso de “Comunicação Social”, que formava profissionais habilitados em Jornalismo, Relações Públicas, Publicidade e Propaganda e quetais; agora passa a formar Jornalistas, Relações Públicas, etc. A Universidade Federal do Amazonas (Ufam) antecipou-se ao próprio Ministério da Educação e, há um ano, criou o noco Curso de Jornalismo. Não se trata de retomar uma denominação dos anos 70. Mais que isso, é assumir a identidade de jornalista na formação e na própria denominação do diploma. Para alguns, a mudança proposta pelo MEC é uma tentativa de “salvar o curso de Jornalismo”. Visão estreita de egos da área, apenas isso. No Jornalismo, pelo menos do ponto de vista pedagógico, provamos estar anos luzes a frente das discussões hoje realizadas no Brasil. Que o Brasil respeite a Ufam.

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sábado, 24 de outubro de 2009

Lógica dos burocratas


O deputado federal Francisco Praciano (PT) demonstrou sensibilidade com o problema enfrentado pelo Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV), da Universidade Federal do Amazonas (Ufam). Ele propôs uma reunião da bancada do Amazonas para, juntos, todos os parlamentares irem ao Ministério da Educação, exigir a liberação de R$ 10 milhões para “salvar o HUGV”. É pouco! Não resolve a situação dos hospitais universitários brasileiros a simples liberação de verbas emergenciais. O que os parlamentares deveriam discutir é a forma de manutenção das universidades brasileiras, aí inclusos os hospitais. Especificamente, o problema dos HUs é mais grave. Financiados apenas pelas verbas recebidas do Sistema Único de Saúde (SUS), que paga exatos R$ 10,00 por uma consulta, quando todos sabem que no mercado esse valor é, pelo menos, 15 vezes mais, todos estão fadados ao fracasso. Enquanto esse nó do financiamento não for solucionado definitivamente, a cada 10 anos os parlamentares terão de ir, com o pires na mão, pedir a benção dos ministros de plantão. Os políticos e os burocratas brasileiros precisam entender que os Hospitais Universitários são locais de formação e não podem ser financiados com a mera lógica do mercado. Ainda mais quando o pagamento é 15 vezes abaixo dos valores de mercado. Aí, fica claro que querem fechá-los. Todos nós temos de reagir a essa lógica dos burocratas enquanto os HUs ainda existem.

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sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Gravar ou filmar? Eis a questão


As interpretações para a Portaria 2.202 da Reitoria da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) mais parecem coisa de humorístico. O art. 19, XVI § 3o do Decreto 6.944 estabelece: “Havendo prova oral ou defesa de memorial, deverá ser realizada em sessão pública e gravada para efeito de registro e avaliação.” Os defensores da medida tomada pela reitora da Ufam, Márcia Perales, dizem que como se trata de um decreto presidencial, acompanhado de uma recomendação do Ministério Público Federal e mais um parecer da Procuradoria Jurídica, ela (a reitora) não tinha o que fazer. “Depois, gravar não significa filmar”, argumentam alguns. Outros afirmam que “modernamente, gravar já embute a idéia de filmar”. Há ainda os que sustentam que, se a gravação for apenas do áudio, isso serve, inclusive, para subsidiar as decisões das bancas examinadoras que, caso tenha dúvidas sobre o desempenho do candidato, podem recorrer às gravações para dirimi-las. Do episódio, ao que tudo indica, resultou, pelo menos, a diferença entre gravar e filmar.

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quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Crise no HUGV


A crise do Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV) a Universidade Federal do Amazonas (Ufam), que reduzirá em 80% (oitenta por cento) o número de cirurgias reflete a própria crise da universidade brasileira. O processo de sucateamento das instituições, com a não-liberação de verbas para manutenção, agrava-se a cada dia e a sociedade não reage. Alguém já pensou no que será da cidade de Manaus sem o funcionamento do Getúlio Vargas? E mais: o que será do curso de Medicina da Ufam sem o funcionamento pleno do HUGV? A crise do HUGV tem de se enfrentada por todos nós, principalmente os que fazem parte da comunidade da Ufam. Deixá-lo fenecer é um assassinato coletivo. Vale lembrar, porém, que essa era uma crise anunciada há tempos. O que se vê, agora, é apenas o fundo do poço se aproximando.

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quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Equívoco político


A questão não é meramente legal. Trata-se de uma posição política que a Universidade Federal do Amazonas (Ufam) não deveria vergar-se. A justificativa que consta nos considerandos da Portaria 2.202/2009 da Reitoria da Ufam pode até se basear em pareceres legais, mas não se sustenta. “CONSIDERANDO as linhas básicas estabelecidas pelo Decreto nº 6.944, de 21.08.2009, que “dispõe sobre normas gerais relativas a concursos públicos”, notadamente o art. 19, XVI”. O § 3o do Decreto 6.944 estabelece: “Havendo prova oral ou defesa de memorial, deverá ser realizada em sessão pública e gravada para efeito de registro e avaliação.” Isso, porém, ferem o princípio Constitucional estabelecido no Art. 5° da Constituição Federal “...a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade”, combinado com o inciso XIII do mesmo artigo:”é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer”. Ainda que a opinião da Procuradoria Federal/FUA/PGF/AGU tenha sido pela publicação de uma Portaria regulamentando a gravação da Prova Didática dos concursos, para efeito de “avaliação”, trata-se, ao que tudo indica, de um ato de interferência no exercício da liberdade de cátedra e numa espécie de pré-julgamento a respeito do trabalho das Bancas Examinadoras. A Adua Seção Sindical precisa discutir toda a legislação relativa ao tema e cobrar posições nacionais contra esse acinte ao exercício da profissional dos professores.

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terça-feira, 20 de outubro de 2009

Instituições unem-se na Semana de C & T


O Centro Universitário do Norte (Uninorte), a Universidade Federal do Amazonas (Ufam), a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) e o Instituto de Educação do Amazonas (IEA) uniram-se para promover oficinas na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia. As oficinas serão realizadas das 15h às 17h, nos Laboratórios de Informática da Uninorte. O programa de Pós-graduação em Ciências da Comunicação (PPGCCOM) da Ufam, por meio do Grupo de Estudos e Pesquisas e Ciências da Comunicação, Informação, Design e Artes (Interfaces), participa das oficinas por intermédio de alguns dos ministrantes. A programação das oficinas é a seguinte:
Oficina 1 - Divulgação Científica em Rádio (Fapeam/Uninorte/Ufam)
Responsável - Edilene Mafra
Local - Lab. de Rádio - Unid 4
C.H.: 6h
Vagas: 15
Oficina 2 – Planejamento Gráfico – Jornal e Revista (Fapeam/Uninorte)
Responsável - Leila Ronize
Local - Lab de Informática
C.H.: 6h
Vagas:15
Oficina 3 - Mecanismos de busca na Internet (Ufam/Fapeam)
Responsável - Cleamy Albuquerque, Carlos Fábio Guimarães, Lourdes de Fátima
Local - Lab de Informática
C.H.: 6h
Vagas: 15
Oficina 4 - Blog (Ufam)
Responsável - Mayara Guimarães, Jonária França, Jonas Jr
Local - Lab de Informática
C.H.: 6h
Vagas: 15

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segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Mulheres da Floresta


É de fundamental importância que a Universidade Federal do Amazonas (Ufam) tenha trazido para a pauta de discussão a questão da mulher. Hoje, às 9h, houve a abertura do I Encontro de Mulheres da Floresta (Emflor), no auditório Rio Solimões, do Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL). O tema do evento é “Gênero, trabalho e Meio Ambiente” e é realizado pelo Grupo de Estudo e Pesquisa Observatório Social: Gênero, Política e Poder (Gepos), e pelo Núcleo Interdisciplinar de Estudos de Gênero (Nieg). O Gepos é um grupo de pesquisa que trabalho em projetos dos programas de Pós-Graduação em Sociedade e Cultura da Amazônia e Serviço Social e Sustentabilidade na Amazônia. Discutir os vários aspectos envolvidos na temática da mulher é de suma importância para o a Ufam e para a sociedade.

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domingo, 18 de outubro de 2009

Mundo sem formigas


Sábado, dia 17 de outubro, ao entrarmos na trilha que fazemos regularmente na Universidade Federal do Amazonas (Ufam) vimos que em uma das quadras do complexo da Faculdade de Educação Física e Fisioterapia realizava-se um culto. Ao retornarmos, fomos abordados por um senhor, pasta na mão, ar de pastor, que, embaixo de uma árvore, nos perguntou: “Escuta, vocês são funcionários da Universidade? Por que vocês não acabam com essas formigas?” Um dos nossos colegas trilheiros, o mais experiente, respondeu: “Senhor, essas formigas são essenciais para a manutenção do equilíbrio da natureza. Elas cortam as folhas, que caem no chão e servem de adubo natural para a própria árvore”. Nossa visão estreita da relação com a natureza às vezes nos fazem ver as coisas como aquele senhor. E se for um pastor? Se liderar uma igreja inteira com essa visão míope? Imaginem um mundo sem formigas? Precisamos, urgentemente, em todos os níveis, tomar consciência de que não devemos destruir os “diferentes” pois são fundamentais para a existência de vida inteligente sobre a terra.

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sábado, 17 de outubro de 2009

O exercício da autonomia


Para alguns, o exercício da autonomia da universidade brasileira é agir de forma irresponsável e cometer quaisquer tipos de arbitrariedades. E a Universidade Federal do Amazonas (Ufam) viveu oito anos nos quais se usou e abusou desse discurso da autonomia para “jogar na lama” a imagem pública da instituição. Talvez, por isso, e para preservar a tão aranhada imagem da Ufam, a reitora, Márcia Perales, tenha aceito, de imediato, a sugestão do Ministério Público de “vigiar” eletronicamente os professores que participam das bancas de seleção e concurso. Magnífica reitora, existe o Tribunal de Contas da União (TCU) para fiscalizar suas contas e os atos administrativos. A senhora aceitaria que todas as suas reuniões de trabalho fossem filmadas? Abria mão da sua autonomia de reitora? Reflita um pouco mais sobre essa medida e não se vergue. Não aceite prontamente medidas que, ao invés de consolidar o exercício da autonomia de forma correta, ameaçam a instituição.

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sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Vigia eletrônico


Acatar a sugestão do Ministério Público de gravar todas as provas de seleção de Concurso Público realizado na Universidade Federal do Amazonas (Ufam) é abrir mão completamente da autonomia da universidade e ridicularizar seu docentes, como se, a priori, todos fossem desonestos até que se prove o contrário. Conclamo os colegas professores e as colegas professoras da Ufam a reagirem imediatamente a esse atentado ao nosso direito de privacidade e à liberdade de cátedra. É essencial uma reação dura e imediata a esse ato arbitrário e de ataque frontal à autonomia da Universidade brasileira e de seus professores. Aceitar que todos os concursos públicos sejam filmados e vergar-se aos vigias eletrônicos da pós-modernidade. Ou nos mobilizamos e lutamos, juntos, contra medidas desse tipo, ou, em breve, além de professores agredidos em sala, teremos agentes da ABIN fiscalizando se nossas práticas pedagógicas são ou não corretas. Ou seria uma “Ufam sempre presente” vigiando cada passo dos seus professores? Um absurdo!

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quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Planejamento do pós


A idéia de se fazer um seminário para discutir as pesquisas estratégicas da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) para os próximos 10 anos é das melhores e só merece elogios. Fazê-lo no auditório Paulo Buhrnheim (Setor Sul) também não é nada absurdo. Realizá-lo, porém, exatamente no dia 15 de outubro, das 8h30 às 12h e das 14h às 17h é de uma falta de sensibilidade que não tem mais tamanho. Ainda que não esteja no calendário oficial, a tradição diz que a data é usada para comemorar o Dia dos Professores. Nada contra que se comemore esse dia trabalhando arduamente. Principalmente em função de um planejamento para 10 anos. No entanto, boa parte dos professores da Ufam ficará impedida de participar das mais singelas homenagens que os estudantes possam fazer. Inconveniências à parte, fica aqui a nossa homenagem a todos os professores dedicam parte das suas vida a tornar a Ufam um lugar melhor de se estudar, pesquisar e trabalhar em projetos de extensão.

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quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Ufam no pódio


O nome do trabalho é quase um tratado: “Caracterização Físico-química usando espectroscopia Mössbauer e difração de raios X dos óxidos de ferro presentes em terra preta de índio e fragmento cerâmicos encontrados no município de Parintins-Am”. Mas foi com ele e sob a orientação do professor Genilson Santana, que o estudante do 8º período do curso de Química da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) Felipe Thiago Dias de Lima, obteve o 1º lugar na 23º Jornada de Iniciação Científica. O trabalho foi apresentado durante o XIX Congresso Brasileiro de Química (CBQ), ocorrido em Porto Alegre (RS), no período de 4 a 8 de outubro. Como prêmio o estudante da Ufam recebeu um cheque de 3 mil reais. Aos poucos, alguns professores competentes da Ufam como é o caso do professor Genilson Santana, passam a ter seu trabalho de orientação reconhecido nacionalmente.

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terça-feira, 13 de outubro de 2009

Lealdade e respeito


Participei, hoje pela manhã, da missa de sétimo dia celebrada em homenagem à professora Cassandra Guimarães. Foi um ato, mais que tudo, de extrema sensibilidade. Conheci a professora em um dos voos de Brasília para Manaus antes mesmo de ingressa na Universidade Federal do Amazonas (Ufam) como professor. Após as apresentações de praxe, passamos a viagem inteira conversando. Nos próximo contato foi quando, evocando a conversa da viagem, pedi a ela a elaboração da ficha catalográfica de um dos meus livros. Depois, só encontrei a professora Cassandra Guimarães como Chefe de Gabinete nas administrações do professor Hidembergue Ordozgoih da Frota. Falem o que quiser falar, mas a professora foi uma das mais leais e respeitosas pessoas de oposição que enfrentei. Digo de oposição por estarmos em lados opostos em duas disputas pela reitoria da Ufam. Terminadas as eleições, a professora Cassandra sempre me tratou com respeito e lealdade. E foi em nome desse respeito e dessa lealdade que participei da celebração.

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segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Educação para a liberdade


A melhoria do ensino (cada vez mais utilizo o termo aprendizagem) não passa apenas por um sistema de ensino superior de mais qualidade. O que se precisa, e que Paulo Freire não se remova no túmulo, é de uma educação para a liberdade. E nãos e consegue isso sem a contribuição plena da própria sociedade, incluso os pais. Quem de nós, pais, educa para a liberdade? Quem de nós, pais (e quando falo pais incluo a dupla pai e mãe), cria condições para os filhos tomarem decisões com autonomia? Afinal, o exercício da autonomia é o exercício da liberdade de tomar decisões e ser responsável por elas. Esses são princípios que devem sustentar todo o sistema educacional, do ensino básico, passando pelo médio e chegando ao ensino superior. Sem isso, falar em melhoria do ensino é sustentar as bases de uma educação castradora e opressiva. Refletir sobre isso no chamado “dia das crianças” talvez seja o melhor a se fazer para a melhoria de educação e da aprendizagem no País em todos os níveis.

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domingo, 11 de outubro de 2009

Eventos não


Pelo que foi discutido na reunião realizada em Brasília, pela área de Ciências Sociais Aplicadas I, nos dias 23 e 24 de setembro, a participação em eventos não mais pontuará nem para discentes nem para docentes. Entre os coordenadores dos programas de Pós-graduação da área já começa a haver uma reação, pois existem eventos como Coneco, Interprogramas, Intercom e outros, incentivados a terem a participação dos estudantes de pós que, pela proposta aprovada, não valem mais nada para efeito de avaliação no triênio de 2007-2009. O episódio apenas confirma que, nessas reuniões da Comissão de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) corre-se demais para cumprir prazos e discute-se de menos. Fica sempre a impressão de que são reuniões democráticas mas, na prática, legitima-se coisas que foram mal-discutidas.

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sábado, 10 de outubro de 2009

Palestra suspensa


A palestra “PENSAR O CRIME NO BRASIL: Algumas questões Sociológicas”, que seria proferida pelo Prof. Dr. MICHEL MISSE, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), no auditório Rio Solimões, do Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL) pelo Programa de Pós-Graduação em Sociedade e Cultura na Amazônia (PPGSCA), juntamente com o Programa de Pós-Graduação de Sociologia, foi suspensa. O Professor Doutor Michel Misse, que é professor do Departamento de Sociologia e do Programa de Pós-Graduação de Sociologia e Antropologia – IFCS (UFRJ) veio a Manaus participar de uma banca do PPGSCA e ministraria a palestra pela manhã. Teve, porém, de chegar em Manaus após o meio-dia e a palestra não pôde ocorrer.

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sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Crime no Brasil


O Programa de Pós-Graduação em Sociedade e Cultura na Amazônia (PPGSCA), juntamente com o Programa de Pós-Graduação de Sociologia do Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL) da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) promovem hoje, às 9h30, no Auditório Rio Solimões, a palestra “PENSAR O CRIME NO BRASIL: Algumas questões Sociológicas”, a ser proferida pelo Prof. Dr. MICHEL MISSE, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O Professor Doutor Michel Misse é professor do Departamento de Sociologia e do Programa de Pós-Graduação de Sociologia e Antropologia – IFCS (UFRJ). A participação de professores e estudantes dos programas de Pós-graduação do ICHL é de suma importância para o entendimento mais amplo do tema. Infelizmente estarei na I Comerência Nacional pela democratização da Comunicação, etapa Municipal, e não poderei participar. Fica o registro.

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quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Usp também reage


Com a reação da Universidade de São Paulo (USP) ao uso Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para o ingresso, duas das mais importantes universidades brasileiras deram adeus ao Enem. Um dia antes, a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) também reagira de forma radical e eliminara o Enem como forma de ingresso. Parece ser uma reação em cadeia ao fracasso do Enem 2009. Algumas universidades já falam em um Plano B para o caso de o Enem fracassar de novo. Ao que tudo indica, os reitores dessas universidades já souberam de situações como as que ocorreram em Manaus quando os fiscais passaram dez dias com as provas em casa sem nenhum tipo de segurança. A Universidade Federal do Amazonas (Ufam) deveria, urgentemente, discutir um Plano B. Caso contrário, ficará a ver navios se houver nova falha no Enem.

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quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Unicamp reage


A mudança de atitude dos reitores das universidades brasileiras em relação ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foi tomada de forma radical pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp): não usará o Enem este ano para o ingresso de estudantes. É uma reação corajosa e deveria se seguida pelas demãos universidades. Enquanto o Ministério da Educação (MEC) não garantir a lisura do Enem esse exame não pode ser utilizado para ingresso nas universidades brasileiras. Como o dito popular assevera, “o brasileiro só fecha a porta depois de roubado”. Com o MEC não foi diferente. Só agora, após a comprovação de que a segurança em torno das provas impressas é frágil, toma-se a atitude de buscar ajuda junto ao Ministério da Justiça. Antes tarde do que nunca é outro dito popular. Mas, a Unicamp reagiu em tempo e corretamente. Que as lições sirvam para melhorar o processo nos anos seguintes.

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terça-feira, 6 de outubro de 2009

Mudança de atitude


Os reitores das universidades federais que aderiram ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) precisam urgentemente mudar de atitude. Para induzir a adesão ao Enem, o Ministério da Educação (MEC) “vendeu” a idéia de que o Enem era um exame seguro e que poderia ser utilizados pelas universidades como forma de ingresso. O que se vê, a cada dia, são denúncias de que não há a mínima segurança das provas após a impressão. O que um dos jornais de Manaus denunciou o “abrigo” das provas nas próprias casas dos coordenadores, parece ocorrer no Brasil inteiro. O MEC preocupou-se em “vender” as benesses do exame mas se esqueceu de assegurar a legitimidade do processo inteiro. Para completar, rompeu o contrato com o consórcio que realizaria a impressão e distribuição das provas. Com isso, o novo Enem só deve ocorrer no final do novembro ou no início de dezembro. O Enem se revelou frágil e muito mais passível de fraude que os antigos vestibulares das universidades. Reitores e reitoras, se uma atitude firme o próximo ano letivo será comprometido pelo Enem. Corram!

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segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Segurança zero


Um jornal de Manaus divulgou que os 120 fiscais que trabalhariam no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) ficaram com as provas dez dias antes nas próprias casas. Em sendo verdade a denúncia, pelo menos em Manaus, a garantia de inviolabilidade do Enem é zero. O ministro da Educação, Fernando Haddad precisa ser informado imediatamente que as garantias de inviolabilidade apresentadas pelo Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) são as maiores, certamente, durante o processo de elaboração das provas. Passada esta fase, no entanto, após sair da gráfica e serem distribuídas, as provas enfrentam vulnerabilidades imensas. Essa de fiscais guardarem as provas em casa é de uma fragilidade que beira a inocência. Desse jeito não há credibilidade que resista.

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domingo, 4 de outubro de 2009

Autonomia do estudante


A idéia embutida no uso do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para o ingresso nas universidades brasileiras é muito boa, pois permite ao estudante escolher em qual escola vai concorrer sabendo o número de pontos que obteve, ou seja, saberá as reais chances de obter êxito ou não no curso que almeja. Pela primeira vez na história do País o estudante terá autonomia de escolher onde quer ingressar. Essa mudança de postura é de suma importância para, na pior das hipóteses, dar mais liberdade ao estudante na hora da escolha da carreira, algo fundamental em uma sociedade democrática. É evidente que, com a liberdade de escolha, muitos estudantes de determinadas regiões podem ficar de fora das universidades localizadas nos estados nos quais o desempenho dos estudantes no Ensino Médio for medíocre. Nesses casos, o Enem forçará investimentos na melhoria da qualidade do sistema inteiro. Se isso acontecer, valerá a pena, inclusive, correr o risco de um desgaste como o que houve com a centralização do Exame e anulação das provas. O que todos desejamos é um país que dê oportunidade ao maior número possível de pessoas a ter acesso a um ensino superior de qualidade.

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sábado, 3 de outubro de 2009

Avaliação de livros


A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) tenta, a todo custo implantar um processo de avaliação da produção científica dos programas de Pós-graduação brasileiros feita em livros. O Brasil seria o primeiro país a implantar a avaliação de livros semelhantemente ao Qualis de Periódicos. A grande discussão gira em torno dos parâmetros a serem utilizados para esta avaliação. Para amenizar a rejeição dos pesquisadores, a Capes passou a de nominar o dito Qualis Livros de “Roteiro para a avaliação de livros”. Não ameniza, de forma nenhuma, a rejeição. Um dos maiores problemas em se tratando de livros é avaliar o potencial que a obra tem para influenciar uma área do conhecimento. Como a Capes avalia os programas trienalmente, um livro pode ser mal-avaliado no espaço de três anos e depois se tornar uma obra de referência na área. O problema está posto e ainda há muito a ser discutido para se chegar a um modelo de avaliação aceito pela maioria.

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sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Prejuízo e credibilidade


Não se trata apenas (vejam só, leitores e leitoras, apenas) do prejuízo de R$ 30 milhões somente com a impressão das novas provas. O mais grave de tudo com o o cancelamento da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é a perda de credibilidade que o exame passa a carregar. Os que aderiram ao Enem como porta de entrada nem quiseram discutir possibilidades de problemas iguais a esse. É evidente que se tem uma economia em escala enorme com a centralização de todos os exames. No entanto, quando acontece um problema como o que ocorreu agora, a credibilidade do sistema inteiro vai para o brejo. Quem, como a Universidade Federal do Amazonas (Ufam) embarcou na cantilena do Ministério da Educação (MEC) de que aderir ao Enem era mais democrático (e, certamente, muitos viram, como Ufam, a chance de se livrar das fraudes incessantes) quebrou a cara. Resta saber quem vai pagar os R$ 30 milhões? Certamente, é mais uma conta espetada no bolso do contribuinte. E a credibilidade? Quem vai recuperar?

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quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Praga do PSM


Só pode ser uma praga ou resquícios do Processo Seletivo Macro (PSM) da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) o cancelamento da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que seria realizada nestes sábado e domingo. Há fortes suspeitas de que houve vazamento das provas. Um homem teria procurado o jornal o Estado de S. Paulo e oferecido as duas provas por R$ 500 mil. De acordo com esse homem, havia um esquema de venda de provas no Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Nos três últimos PSMs da Ufam os concursos foram anuladas, dentre eles, por suspeita de vazamento das provas. Com a adesão da Ufam ao Enem ficou a impressão de que, agora, os candidatos estariam imunes às fraudes. Porém, não houve nem tempo de realização das provas do Enem e surge a denúncia de fraude. Só pode ser mesmo praga. Não é possível!

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