sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Confusão à vista


O Brasil é o único País do mundo que passa a classificar, para efeito de avaliação, em várias áreas do conhecimento, a publicação em trabalhos no formato de livros. Pela confusão gerada nos vários fóruns de Coordenadores de Área, o assunto ainda dará muitos panos para mangas. Não há consenso nem na forma nem, nos parâmetros nem nos pesos a serem utilizados. Nas propostas há absurdos que forma aprovados mas que, certamente, serão rejeitados veemente pelos pesquisadores quando os primeiros resultados das classificações forem publicados. Por exemplo, na parte de Avaliação Qualitativa do Conteúdo dos Livros há um item chamado “Potencialidade do Impacto”, cuja ementa é: ”circulação e distribuição prevista, língua, re-impressão ou re-edição, possíveis usos no ambiente acadêmico e fora dele”. É o mesmo que tentar adivinhar se um livro terá sucesso de vendas ou não sem se fazer uma pesquisa. Avaliar a qualidade de uma obra baseado em “previsões” de uma comissão de notáveis é algo tão distante dos procedimentos científicos defendidos pela comunidade acadêmica que a decisão tomada de adotar um item desses beira a insanidade.

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